Este é um princípio que encontramos em todas as Escrituras. Até mesmo o Senhor Jesus Cristo, o Senhor da Glória, sujeitou-Se a este princípio quando Se apresentou a Israel como seu Messias. Ele disse; "Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro [válido]" (Jo 5:31). Em seguida ele continuou apresentando quatro outros testemunhos que comprovavam quem Ele era: João Batista, Suas obras, Seu Pai e as Escrituras (Jo 5:32-39). Apesar dos vários testemunhos de que Ele era o Messias, o Senhor ainda advertiu os judeus de que chegaria um tempo quando eles, como nação, receberiam um falso messias (o Anticristo) sem testemunhas. Ele disse: "Se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis" (Jo 5:43). Assim o Senhor reprovou a prática de se receber alguém com base em seu próprio testemunho.
Os filhos de Israel falharam justamente neste ponto, quando receberam os gibeonitas com base no testemunho deles próprios (Josué 9). Isto está registrado nas Escrituras para nos alertar quanto ao perigo de agirmos assim.
Atos 9:26-29 nos dá um exemplo do cuidado que a igreja no princípio tinha ao receber alguém à comunhão. Quando Saulo de Tarso foi salvo, ele quis entrar em comunhão com os santos em Jerusalém, porém foi rejeitado. Mesmo que tudo o que ele dissera aos irmãos em Jerusalém sobre sua vida pessoal fosse verdade, ele não foi recebido com base em seu próprio testemunho. Foi só quando Barnabé levou Saulo consigo e o apresentou aos irmãos, testificando de sua fé e caráter, de modo que então já era o testemunho de duas pessoas, que os irmãos o receberam. Daquele momento em diante Saulo "andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo" (At 9:28). Se a igreja no princípio não recebeu Saulo de Tarso imediatamente, com certeza os cristãos hoje não podem esperar ser recebidos imediatamente quando desejarem estar em comunhão em uma assembleia local.
Traduzido de "God's Order" - Bruce Anstey - 4th Edition